
A rescisão é um dos momentos mais sensíveis da relação de trabalho. Quando ocorre sem aviso adequado, sem pagamento correto das verbas ou durante período de estabilidade, o trabalhador sofre não apenas impactos financeiros, mas também emocionais e profissionais.
Este guia reúne os principais direitos relacionados à estabilidade, demissão e rescisão trabalhista, explicando como identificar irregularidades e quando buscar auxílio jurídico especializado. Em muitos casos, problemas de desligamento estão diretamente ligados a pagamentos incompletos, tema detalhado no pilar Direitos Trabalhistas e Verbas Não Pagas.
Situações de demissão também podem decorrer de doenças ocupacionais ou acidentes, assuntos aprofundados no pilar Acidente de Trabalho e Doenças Ocupacionais, especialmente quando o afastamento deveria garantir estabilidade temporária.
1. O que é a estabilidade no emprego?
Estabilidade é o direito do trabalhador de não ser dispensado sem justa causa por um período específico. Entre os tipos mais comuns estão:
- Estabilidade gestante
- Estabilidade por acidente de trabalho
- Estabilidade pré-aposentadoria
- Estabilidade relacionada à CIPA
- Estabilidade após retorno de auxílio-doença
A demissão em período de estabilidade geralmente é considerada nula, garantindo reintegração ou indenização substitutiva.
2. Demissão sem justa causa: o que o trabalhador deve receber
A forma mais comum de desligamento exige o pagamento de:
- Saldo de salário
- Aviso prévio
- Férias + 1/3 (vencidas e proporcionais)
- 13º proporcional
- Multa de 40% do FGTS
- Guias para saque e seguro-desemprego
Problemas nesse cálculo refletem diretamente no pilar Direitos Trabalhistas e Verbas Não Pagas.
3. Demissão com justa causa: quando é válida?
A justa causa só se aplica em situações graves, como:
- Improbidade
- Indisciplina
- Ato de desídia
- Violência ou ofensas
- Abandono de emprego
A empresa deve apresentar provas consistentes, caso contrário, a justa causa pode ser revertida judicialmente.
4. Rescisão indireta: quando o trabalhador pode “demitir” a empresa
A rescisão indireta ocorre quando o empregador comete falta grave, como:
- Atraso salarial frequente
- Assédio moral
- Exigir atividades perigosas sem proteção
- Ausência de depósitos de FGTS
- Redução salarial ilegal
Em casos desse tipo, pode haver conexão direta com condutas abusivas tratadas no pilar
Assédio Moral, Danos Morais e Condutas Abusivas.
5. Demissão em período de doença ou acidente
Quando o trabalhador sofreu acidente ou foi afastado pelo INSS, ele tem estabilidade mínima de 12 meses após o retorno.
Se houver demissão indevida:
- A empresa deve reintegrar o trabalhador
- Ou pagar indenização do período
- Além de regularizar FGTS e demais verbas
Mais detalhes no pilar Acidente de Trabalho e Doenças Ocupacionais.
6. Como identificar rescisão irregular
Sinais frequentes:
- Cálculo errado das verbas rescisórias
- Ausência de FGTS durante o vínculo
- Aviso prévio não indenizado corretamente
- Justa causa aplicada sem provas
- Demissão durante estabilidade
- Falta de entrega de documentos obrigatórios
É possível solicitar uma análise discreta enviando documentos via WhatsApp.
7. Documentos essenciais
- Contrato de trabalho
- Termo de rescisão
- Fichas de ponto
- Holerites
- Extratos do FGTS
- CAT (em caso de acidente)
- Provas de comunicação sobre estabilidade
Esses documentos ajudam a calcular corretamente valores e identificar abusos.
8. Quando procurar ajuda jurídica
Situações que requerem orientação imediata:
- Demissão em estabilidade
- Justa causa duvidosa
- Rescisão mal calculada
- Atraso no pagamento das verbas
- Falta de FGTS
- Pressão psicológica no momento da demissão
Para atendimento rápido, acesse a landing page oficial ou acompanhe conteúdos no Instagram.