Próteses e órteses: quando o plano deve fornecer

“Prótese ortopédica metálica posicionada sobre mesa cirúrgica, representando materiais OPME usados em cirurgias cobertas pelo plano de saúde.”
Próteses e órteses de uso funcional devem ser fornecidas pelo plano de saúde quando indicadas pelo cirurgião.

Quando a cirurgia é aprovada, mas as próteses, órteses ou material especial (OPME) são negados, normalmente há abuso. A legislação e a jurisprudência entendem que não existe cirurgia sem os materiais necessários para realizá-la com segurança.

Para entender a lógica geral das coberturas e como agir diante de recusas indevidas, você pode consultar o guia completo sobre negativas de tratamento. Ele esclarece quando a operadora deve arcar com todos os elementos essenciais do procedimento.


O que é OPME

Entram nessa categoria:

  • Prótese ortopédica
  • Órtese cirúrgica
  • Stents
  • Materiais importados
  • Componentes necessários à técnica escolhida pelo cirurgião

A regra é simples: se é indispensável para que a cirurgia seja realizada corretamente, deve ser fornecido.

Nos casos em que o médico recomenda recuperação em ambiente domiciliar após o procedimento, o tema se conecta com o guia definitivo de Home Care, que explica as situações em que esse suporte é obrigatório.


Quando a cobertura é obrigatória

O plano deve fornecer OPME quando:

  • O procedimento cirúrgico foi autorizado
  • O material é parte integrante da técnica indicada
  • prescrição médica detalhada justificando o uso
  • O atraso compromete o resultado funcional

Se a cirurgia envolve internação hospitalar e o plano cria obstáculos para autorizar o procedimento completo, vale conferir também o material sobre negativa de internação, que mostra como resolver essas recusas rapidamente.


Motivos comuns de negativa (e por que são abusivos)

  • “Procurar material nacional.” O médico indica o que é melhor para o caso; substituição forçada pode ser indevida.
  • “Material não credenciado.” Se não há opção equivalente credenciada, a operadora deve viabilizar.
  • “Material importado.” Havendo necessidade técnica, a recusa tende a ser abusiva.
  • “Não está no rol.” O rol traz cobertura mínima; não limita materiais cirúrgicos essenciais.

Quando a negativa envolve medicamentos associados ao pós-operatório ou tratamentos complementares, o nosso guia sobre medicamentos de alto custo aprofunda os direitos do paciente.


Documentos essenciais

Para acelerar a liberação:

  • Relatório médico completo (técnica escolhida, justificativa, riscos)
  • Orçamentos dos materiais solicitados
  • Pedido de indicação cirúrgica e exames
  • Negativa por escrito da operadora

Guarde todos os registros de atendimento. Eles são fundamentais para eventual liminar, que costuma sair em poucas horas quando há urgência comprovada.


Quando cabe liminar

A Justiça costuma conceder liminar quando:

  • O médico demonstra urgência ou risco funcional
  • O material é indispensável à cirurgia
  • A operadora não apresenta justificativa técnica sólida
  • A recusa coloca o paciente em risco de agravamento

Se após a negativa houve complicação, piora clínica ou dano funcional, considere analisar também o material sobre erro médico, que explica o que é necessário para comprovar responsabilidade civil.


Conclusão

Próteses, órteses e materiais especiais são parte inseparável da cirurgia. Se o procedimento foi liberado, a operadora não pode criar barreiras artificiais, indicar substitutos inadequados ou impor materiais inferiores. Com documentação médica sólida e orientação jurídica, é possível garantir o material correto e no tempo certo.


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